domingo, 25 de agosto de 2013

AMOR E SUBMISSÃO



Por Edna Palladino

Gosto do texto bíblico que diz ao homem "ame sua mulher como a si mesmo" e à mulher diz: "respeite seu marido". Comecei pelo fim, mas a narrativa inicia pesado: "o marido é o cabeça da mulher" e "mulheres sejam em tudo submissas ao marido". Parece mais com uma sentença, uma sessão de tortura, dessas que a maioria de nós deseja que não se repita mais.

Esta sensação ruim deve-se ao fato que na cultura passada e até presente,  a família era mantida e protegida pelo homem, este usava de um tipo de autoridade perversa e dominadora. A mulher e os filhos não tinham direitos e nem vós. Foram dias horríveis e ainda hoje existe muita violência na figura do líder da casa.

Mas o que a narrativa bíblica nos dá é totalmente diferente, a lógica é totalmente outra, parece mais uma dança, uma coreografia onde os dançarinos precisam coordenar os passos, e a cada novo ritmo inventar novas coreografias...

O homem é a figura de "autoridade" bondosa, mas firme. A mãe, diante dos desejos dos filhos pequenos ou adolescentes  dirá: "vamos conversar com o papai à noite ou no fim de semana e ver o que ele pensa sobre isso". A última palavra precisará ser da figura de autoridade, pois nossos filhos precisarão na vida adulta compreender que é preciso limites e responsabilizações para lidarem com o ambiente e deverão compreender esta ética dentro da família, da forma mais funcional possível.

Então compreender e respeitar este arranjo da família é submissão, não se trata de estar debaixo dos pés do marido, não ter direito à voz ou submeter-se a qualquer tipo de violência

É a dança do equilíbrio da família, onde marido, esposa e filhos buscam o "ritmo" na inclusão das negociações, compreensões, respeito, perdão, diálogo e aceitação das diferenças.

No entanto, num casamento em que os cônjuges não ocupam o seu papel fica vago o lugar de quem vai ensinar limites, sabemos que na falta do progenitor, a mãe pode ocupar este papel, mas estando ele vivo será imprescindível que esta função seja dele.

Lamentavelmente temos mulheres que não confiam e homens que não assumem esta direção.


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

NOSSA VIDA NÃO TINHA DENTRO! DESCONHECIAMO-NOS!




Por Edna Palladino

"O nosso sonho de viver ia adiante de nós, alado, e nós
tínhamos para ele um sorriso igual e alheio, combinado nas
almas sem nos olharmos, sem sabermos um do outro."

Vejo isso quando estou cuidando de noivos nos cursos preparatórios.
Eles tem sonhos, mas não se conhecem. Quando um deles se mostrar, e
vão se mostrar não tenho dúvidas, o susto será grande: "se eu soubesse
que seria assim..." Ou então irão duvidar do amor: "se me amasse de verdade não me falaria desse jeito". Vão se sentir enganados: "e eu que esperava tanto que me faria feliz,
esse infeliz!".

"Éramos fora e outros. Desconheciamo-nos."

Eles conhecem e amam o que está fora, o exterior: o cabelo, o corpo, os dentes,
a pele e até a pelve, mas de onde esta pessoa vem, qual sua história, aliás
a história vale tudo, ela diz quem sou, o que penso e sinto, e se sofri demais ou
recebi demais, vou cobrar da pessoa mais próxima e vou cobrar com juros.

"A nossa vida não tinha dentro."

O casal precisará reconhecer e buscar com todas as suas forças o diálogo, seja na cozinha, na sala diante de um filme, quando estão atarefados com os filhos, com a ida para o trabalho... mas principalmente ao puxar duas cadeiras, e olhando nos olhos perguntar: "quer dizer agora o que te faz sentir assim?"

Estava lendo um poema de Fernando Pessoa "Na Floresta do Alheamento" e escrevi um pouco do muito de nós mesmos ainda não percebido.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

DISCIPULANDO FAMÍLIAS NO USO RESPONSÁVEL DA INTERNET



Por Edna Palladino
 “Escrevam  estes mandamentos nas entradas e nas portas das suas casas.” Deut. 11:20

Queremos pensar a “Internet como um recurso de comunicação entre pessoas com afinidades ou desconhecidas, que rompeu todas as  barreiras que nos separam um dos outros”. Já não há mais distancias e nos tornamos uma sociedade global. Mas precisaremos nos organizar para tornar este recurso em uma boa ferramenta, para que não trilhemos uma “rota de interação humana global irresponsável, que precipite  grandes destruições nas relações humanas”, pois sabemos dos perigos, mas não das consequências em longo prazo desse uso descontrolado.  
   
Será preciso aprender o Uso Responsável da Internet – URI, tanto  individualmente como em família, na construção de novos hábitos que funcionem como “lembretes”  nas entradas e portas “virtuais” das nossas casas, para salvar a nós e a nossa família dos perigos e consequências do mal uso da Internet, no que diz respeito ao uso compulsivo das redes sociais, os duvidosos relacionamentos afetivos, a exposição à pornografia e muitos outros.

Nosso desafio é a construção de “LEMBRETES” que funcionem como “REGRAS” para lidarmos com as novas tecnologias:

1. PRIMEIRO LEMBRETE:  NÃO “NEGOCIE” O QUE ESTÁ PROIBIDO.
Precisaremos lidar com a nossa “fraqueza” em colocarmos os necessários limites, pois nossos filhos precisam da nossa firmeza em dizer “NÃO” para sentirem-se protegidos.

2. SEGUNDO LEMBRETE: ENSINE SEUS FILHOS A SEREM RESPONSÁVEIS POR AQUILO QUE ESTÃO FAZENDO. 
De nada nos adiantará apenas proibir ou mandar “desligar” a Internet, como fazíamos quando nossos filhos assistiam à TV, hoje vivemos a possibilidade do “descontrole”. Nossos filhos desde muito cedo desenvolvem “dedos de ETs”: usam tecnologia desde os deveres escolares até o presentão que ganhou no aniversário, que  infelizmente na maioria são eletrônicas.  Eles precisarão ter muito claro pelos pais e cuidadores (avós, tios e tias) que sites ou apelos pornográficos,  que subitamente aparecem na tela, mesmo sem terem sido clicados, não precisam ser acessados, e que esta escolha só poderá feita por eles. Terão que compreender o que significa RESPONSABILIDADE, um aprendizado que começa com os pais que pacientemente e repetidamente construirão ao conversarem livremente sobre todas as coisas. 

3. TERCEIRO LEMBRETE: PAIS ALERTAS!!! ABUSO E PEDOFILIA NA INTERNET: CONFIRA ESTE ACESSO
O acesso a conteúdos impróprios estão na Internet e seu filho criança ou adolescente pode acessar a qualquer momento. Então é preciso que ele tenha, não apenas  orientação, mas supervisão no uso, pois  pode estar correndo risco de abuso e pedofilia.

As vítimas de abuso sexual ou pedofilia na Internet são: 
* Menores de idade.

* Geralmente crianças tímidas ou carentes socialmente.

* Menores que não tem orientação ou supervisão no uso da Internet dos pais ou cuidadores.

APRENDENDO A BLOQUEAR CONTEÚDOS IMPRÓPRIOS DO COMPUTADOR PARA QUE SEU FILHO POSSA USAR COM SEGURANÇA. 
 
Estes são os sites que bloqueiam:  * http://ueblock.uebbi.com * http://www.baixaki.com.br/download/windows-live-protecao-para-a-familia.htm * http://www.rksoft.com.br/html/webfilter.html

    Como fazer isso? 
O “Windows” possui um recurso que se chama “Controle dos pais”, para acessar vá em: Iniciar            Painel de Controle            Contas de usuário e segurança Familiar            Controle dos Pais.

     O que dizer para seus filhos sobre estes perigos? 
* Instrua o seu filho a não divulgar dados pessoais na Internet como: nome, endereço, telefone, escola, e-mail e salas de bate-papo. 

* Recomende a seu filho que utilize apelidos como forma de proteger informações pessoais.

* Cuide para que seu filho não marque encontros com pessoas que conheceu na Internet sem sua permissão. Caso permita, marque em local público e acompanhe-o.

    Quais os cuidados com a segurança?
* Mantenha o computador em uma área comum da casa onde todos possam ver o que é acessado pelo seu filho. 

*  Encoraje seu filho a relatar atividades suspeita ou material indevido recebido.

*  Estabeleça regras razoáveis para seu filho. Discuta com ele as regras de uso da 
  Internet, coloque-as no computador e observe se são seguidas. 

* Controle e estabeleça limites sobre o tempo que seu filho utiliza a Internet.  

4. QUARTO LEMBRETE: USO RESPONSÁVEL DE CELULARES E REDES SOCIAIS.
O que você precisa saber sobre o mundo virtual?
* A Internet é uma troca de informações, não tem vida acontecendo ali, o único lugar que pode acontecer vida é no coração – no encontro. 

* Se não lidamos bem com o mundo real, como será lidar desequilibradamente com o mundo virtual?

* A internet pode se tornar um ambiente de paranoia o dia todo: toda hora tem algo pra eu ver, descobrir, ...

* A motivação da pesquisa pode se perder durante a “viagem”, pois não se aprofunda naquilo que procura, parando nas encruzilhadas das inúmeras informações. 

O uso abusivo da Internet pode transformar a identidade de algumas pessoas.  
* Pessoas extremamente fracas na frente da tela ficam corajosas, anarquiza todo mundo e se transforma no que quiser ser (alguns desses comportamentos podem ser próprios do esquizofrênico). 
* Pessoas sem compromisso com o outro: no encontro virtual  a pessoa pode sair e voltar da frente da tela quantas vezes quiser, e voltar se quiser.
* Pessoas com projeções de sua própria realidade não tratável, que se colocam para viver no mundo irreal, como fuga de si mesma. 

Consequências de se lidar inadequadamente com o mundo virtual.
* Algumas pessoas não lidam bem com o mundo real e tomam a decisão de entrar com tudo na virtualidade, isso às levará a exacerbar tudo o que for tratado no mundo real. 

* Estas pessoas vivem em pânico (mil coisas piscando, chamando, falando...), mas não consegue aprofundar vínculos de profundidade na vida fora do mundo virtual. 

* Há o perigo de se enveredar tão profundamente pra dentro da internet, e ser engolida por ela sem perceber que se tornou um “rosto preso no cristal”, a  perda da identidade.
* Pode levar a um estado de desassossego: as muitas lentezinhas: minimiza e maximiza com mais de 15 janelas abertas. 

* É claro que não poderemos desenvolver uma espiritualidade sadia neste ambiente desequilibrado da internet: se eu não sou capaz de fazer livre conexão das coisas da vida, vou padecer de conexões confusas e, em tamanha superficialidade das informações, digo sim pra tudo.

Quais compreensões precisarão para o Uso Responsável da Internet?
1. Para usarmos bem a Internet precisaremos ter “eixos já construídos”, ou seja, fazermos sínteses de compreensões da vida, das coisas que nos cercam, dos acontecimentos, para não viver esse “monstro” de muitas percepções desconexas.

2. Será preciso um único interesse: guardar o que for coerente e jogar fora o que não é. Teremos que valorizar a linguagem, pois quando linguagem e alma se divorciam, não sobrou grande coisa: se quiser saber como está a alma, veja como está linguagem.

Concluindo nosso pensamento
Quando me deparo com o fenômeno moderno da Internet, um texto bíblico me salta à mente, a pergunta de Jesus ao endemoninhado Gadareno: “Qual é o teu nome? Ele responde: “É legião, porque somos muitos”. Talvez seja esse o princípio, podemos nos tornar pessoas fragmentadas psicologicamente, que clica aqui e ali compulsivamente. Precisaremos de um eixo, de uma mente formada para então usufruir responsavelmente da internet. 




CUIDANDO PARA QUE A VIOLÊNCIA NÃO DOMINE




                                                                                                                                                    Por Edna Palladino

Não podemos negar a violência em nossas relações, mas perceber que em todas as suas formas, ela é um quadro propicio para a deterioração das relações familiares. 

É necessário muita vigilância quando as diferenças são tratadas com desrespeito, e transformadas em desigualdades, pois esse padrão na relação leva à opressão, dominação e exploração. Será preciso habitar

com as diferenças das pessoas e compreendê-las.

Precisamos fazer uma “aliança” com nosso cônjuge e filhos de todas as idades, e também com nossa família mais ampla, de que todas as vezes que uma conversa ou uma atitude convergirem para a violência, ela não deverá prosseguir e, também, pontuar para a pessoa que ela está entrando no nível da agressão que
aquela discussão deverá parar naquele momento. 

Essa negociação familiar permite que não se alimente um círculo vicioso de violência, nem a cristalização do papel do agressor, que podem causar danos na construção da intimidade do casal e no desenvolvimento da criança ou adolescente, dependendo da frequência, do tipo e gravidade do ato violento. 


Assim, todos estarão de acordo que quando a conversa entrar no nível perigoso da agressão ela terá que parar.


Viver em paz envolve muita negociação, do tipo: "Pessoal, não se esqueçam, quem grita perde a razão"  muita  paciência: "Podemos recomeçar nossa conversa num outro momento, ok?...".

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA: POSSO DENUNCIAR?




Por Edna Palladino

Violência doméstica.
O que as mulheres devem
fazer quando seus maridos
são agressores físicos, psicológicos e sexuais?
Devem denunciar.

Mas o Pastor e irmãos dizem pra orar mais,
crer mais, esperar mais... é assim mesmo que
o diabo faz, pra ver o que a gente faz...

O homem é dominante, a mulher é serviçal, isso
está na cultura, lembra-se da música? Amélia é que era
mulher de verdade, quando via o marido contrariado
dizia: "meu bem o que se há de fazer?"

Nem a igreja, nem o estado, nem a sociedade está preparada para o
enfrentamento de gênero.

As musicas e bailes fanks são verdadeiras violências contra a mulher com letras absurdas, em que a mulher é tratada da forma mais absurda: lacraia.

Mas e o homem, é vilão ou vitima?
É vitima também, ele faz parte do entorno, também teve um agressor com
quem aprendeu ou alguém a quem imita.
Mas quando se constrói uma sociedade, a enfermidade de um não pode ser colocada sobre outro.
Então será preciso deter o agressor.
Toda agressão precisa ser detida.
Depois de deter o agressor se poderá ir até o agressor e cuidar dele.
O fato de ser vitima não dá a ele a legalidade para ser agressor.

Denuncie o agressor numa Delegacia, não é escândalo, é preservação da
vida, o bem mais precioso que temos.

Alguém poderá visitar o agressor na prisão e lá a voz do conselheiro trará eco de urgência, ao contrário, quando o agressor encoberto irá acusar os outros da casa: “eles é que são culpados de eu ser assim”. O agressor na prisão terá que descobrir que há limites. Ele precisa saber que se não se deixar ajudar, deverá ficar encarcerado.

 A agressão tem que ser detida.

A violência é melhor compreendida no âmbito do discurso.
A Presidenta Dilma pediu que seu cargo fosse denominado de Presidenta.
Como nunca uma mulher presidiu, a palavra não tinha sido flexionada,
tínhamos apenas Presidente.  
Nossa cultura não estava preparada para que uma mulher viesse assumir
a liderança, então cargos governantes não eram flexionados.

Talvez nós brasileiros precisemos começar a nos acostumar ao direito da mulher, e isso é um salto cultural enorme.
O despreparo da igreja para lidar com a questão de gênero tem eco no movimento da cultura, pois a leitura que fazemos de qualquer texto é sempre norteada por nossos construtos mentais, e é assim que aprendemos a ser gente, e podemos ser gente do modo errado.

No entanto, a fé cristã é uma fé que parte do pressuposto que o ser humano precisa ser transformado, então é de se esperar que alguns cristãos tenham maior facilidade de aprender que podemos ser gente de modo errado. 

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

APRENDENDO A SER FELIZ




Por Edna Palladino
  Precisamos ser vigilantes no cuidado de não permitir a “negação” que temos em aprender como ser felizes, perder o temor do sofrimento encarando-o como uma oportunidade para repensar a vida rumo a uma nova fase... mais feliz”, pois temos passado pelo aprendizado em outras áreas da vida para nos tornarmos bons profissionais e bons intelectuais e no casamento, não é diferente: aprender é crescer (se não desejo crescer, também não deveria desejar casar!).

Nossos novos papéis também exigirão aprendizado e crescimento para enfrentarmos as durezas do dia-a-dia como: “sair para trabalhar a fim de pagar as contas”; “executar tarefas diárias e repetitivas”, “a possível chegada do primeiro filho”, entre outros e, para isso, precisaremos contar com uma boa dose de bom humor e empatia.

Não precisaremos abrir mão de nossa identidade pessoal, nem exigir que o outro assim faça, pois para a construção de uma nova história a dois precisaremos considerar e respeitar as diferenças e peculiaridades pessoais de cada um que são muito valiosas e são bem diferente dos individualismos (pessoas centradas apenas em si mesmas), para assim, construirmos a nova identidade do “nós”.

Para vivermos a boa experiência do “nós” será preciso a postura de  “ambos”, pois haverá prejuízos quando um se torna rígido na caminhada a dois, pois o comportamento de um dificultará o do outro, que na mesma “canga” não poderá, sozinho, continuar com êxito a caminhada conjugal.  Então na construção da felicidade a caminhada precisa ser a dois.

O grande entrave do “nós” é o individualismo crescente num mundo centrado nas realizações e felicidades: se alguém está insatisfeito tem o direito de viver suas fantasias, mas sem que se tenha que investir e buscar acordos que satisfaçam ambas as partes.

  E o mais importante: os cônjuges deverão buscar cada um a sua felicidade e seu bem-estar pleno, silenciosamente em Cristo, através de suas próprias ações e decisões para cessarem as queixas de que foram enganados a respeito das qualidades um do outro.

Podemos agora compreender que “ser feliz” é uma relação que eu tenho com as expectativas que carrego e as habilidades que desenvolvo para realizá-las.

domingo, 4 de agosto de 2013

NOSSA FORMA DOENTIA DE SER GENTE




                                                     Por Edna Palladino

Precisaremos reconhecer: somos rígidos e opositores a quase tudo na vida, inclusive a Deus.
O que deveria estar claro pra nós e não está? Nossa forma doentia de ser gente.

A relação das obras da "carne" é conclusiva e estampa o modo de ser irresponsável que coloca nós mesmos em perigo.
 A imoralidade, impureza e indecência: significa como se  experimenta a sexualidade de modo irresponsável, tendo o outro como objeto de prazer.

A idolatria e feitiçaria: um modo de viver espiritualidade que pretende tirar da divindade tudo o que pode, oportunizado por um  "saque" de coisas, a busca de um lugar geográfico extra terrestre espiritual para a eternidade, o inferno torna-se um lugar temido por ser quente demais, ter gemidos, ranger de dente... Mas não por não ter Deus lá!

As inimizades, rivalidades, ciúmes, iras, ambição, dissensões e partidarismos: quando todo ambiente que se frequenta é afetado pelo mal humor, desamor e revolva contra o outro que sequer sabe o quanto pode estar sendo odiado às escondidas...

Por último, mas não totalizando a lista, temos as invejas, bebedeiras e orgias: são as formas de "adição" preenchendo lacunas deixadas por histórias passadas não enfrentadas nem cuidadas, escravos de uma  modelo psicológico adoecedor vivido e, por isso, impedido da construção de um novo padrão cheio de outras possibilidades.

Mas, podemos ter outras coisas!
Amor: uma relação onde o outro não é objeto do meu prazer, nem o responsável por minha felicidade, que eu mesma devo me responsabilizar.

Alegria, paz, paciência: uma espiritualidade centrada na Pessoa de Deus e não no que pode receber.

Benignidade, bondade, fidelidade, amabilidade: Forte rede de relações em que sou construído também pelo outro que compartilha comigo suas experiências e, enfim, o Domínio próprio: Sou responsável por aquilo que preciso e sou criativa para suprir minhas necessidades.

Só tem um jeito! Crucificar a carne, as paixões e o desejo. Penso ser um tipo de vida diária que contemple a busca do conhecimento de si, do conhecimento da minha história e terminantemente,
abandonar toda forma de violência que caracteriza orgulho e inveja.

Todos os dias, aos pés da cruz, todo dia, todo dia... Não tem outro jeito!

O QUE BUSCO MESMO É AQUELE AMOR PROTEGIDO...




Por Edna Palladino   

Um dia um pai deu um poço a seu filho, que se viesse a ter sede,
 buscaria ali saciar-se.

Bom demais beber na fonte do papai e da mamãe
 da nossa infância!

 Eu procuro esse “poço”, mas não é bem o “poço”, é aquele amor protegido e cuidador...

Interessante! Eu busco esse “poço” nos outros, nas faces mais diversas...
Mas, não encontro! Então, continuo procurando...

As “fontes” presenteadas pelos pais não secam nunca e buscamos dela 
 quando nos sentimos ameaçados.

Hora de cavar as próprias fontes... 

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

FAMÍLIA CENTRALIZADA EM CRISTO OU NA TECNOLOGIA?





Por Edna Palladino
Ouvi uma linda palestra do Pastor Russel Shedd e gostaria de compartilhar entre aspas:"A importância da centralidade de Cristo no lar e a importância desse ambiente que criamos nossos filhos, nos leva a pensar sobre o segredo central que a família deve ter para se manter unidas e com propósito sérios, e não uma família com as crianças na rua, o que é um desastre principalmente de crianças foragidas de casa, que criam uma espécie de comunidade para viver sem os pais.

No texto de Efésios 3:14,15, Paulo menciona o segredo de uma família que se mantém unida,  que não têm divórcios, que todos os filhos mantém a esperança de estar reunidos com seus pais no lar celeste também,  vejamos o que diz o texto: “Por essa razão dobro o meu joelho diante do Pai, de quem toda família toma o nome, para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais interiormente fortalecidos com poder pelo seu Espírito”.

Precisamos captar o ensinamento deste texto aplicá-lo à nossa família, especialmente aos nossos lares, (toda a família recebe o seu nome), Deus deve se interessar por nosso pedido em família.Que família este texto tem em mente?Cada família tem uma identidade e recebe seu “nome”, este nome é de um pai: Deus.

 Ele deseja  que estes filhos tenham  certas características que “unam a família”, que seja uma família coesa e alegra que por gerações  mantém esta aura de ter descendido de pais nomeados como filhos de Deus.

 Estamos falando de uma oração, amados irmãos, e para que Deus responda essa oração, precisamos saber o que pedir, o que é primordial.O que pedir?Paulo pede que o Criador que inventou a família com seu amor intenso, a ponto de mandar seu filho a morrer em nosso lugar, que ele nos fortaleça com poder do Espírito Santo, para podermos permitir e dar espaço para que no lar individual do coração de cada integrante da família,  Jesus possa habitar e ser central.

Deus quer compartilhar conosco da comunhão que tinha com o Filho e nos manda seu Espírito para que aquilo que não é natural, mas existe em nós por sermos pessoas egoístas e interesseiras em nossos relacionamentos familiar e conjugal, que Ele esmague tais interesses, e coloque outro no lugar: esse outro interesse é Jesus Cristo."Quais os primeiros passos a serem dados?

Coloque responsabilidades no uso da tecnologia: celulares, computadores...Será preciso colocar normas, pais necessitam pedir ajuda se não conseguem construir limites.

Converse com seus filhos e cônjuge sobre os perigos e benefícios das redes (veja artigo neste blog sobre O uso indevido da Internet).