Por Edna Palladino
Seria tão bom que as refeições já viessem prontas à nossa mesa.
Medida certa de sal, de óleo, bem quentinhas em seu estado natural.
Nossa! Seria formidável!
Nada de panela, nem fogão e água pra lavar os grãos.
Seria o fim de toda indisposição e mesmice, de todo suor.
De toda incomodação.
Mas pensando bem...
Cada ingrediente alimentar, em sua forma rudimentar traz seu modo peculiar de preparar.
Será por quê?
Toalha na mesa, talheres, servir tudo quentinho, menos a salada, ela é boa fria.
O pessoal está atento, o cheiro das iguarias enche a casa, ao menor sinal de "tá pronto, pessoal", se atropelam em busca de um lugar disputadíssimo.
A conversa soa alta, como vagão desgovernado morro abaixo.
Pensamentos velados soltam-se em prosa quase sem querer, fazendo-se conhecer.
Pequenos resmungos denunciam insatisfação, enquanto que boas e longas risadas, gratidão. A última bem pode contagiar a primeira...
As carinhas tristonhas falam de possíveis conflitos, alguns já marinados...
Tudo bem! À mesa tem ouvidos acolhedores.
Nossa! Tivessem os casais modernos percebido – arroz, feijão, panela e fogão é paixão pra quem deseja cravar um certo chão.
Adorei pastora, seu blog é nota 10
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