APRENDENDO A SER FELIZ
Por Edna Palladino
Precisamos ser vigilantes no cuidado de não
permitir a “negação” que temos em aprender como ser felizes, perder o temor do
sofrimento encarando-o como uma oportunidade para repensar a vida rumo a uma
nova fase... mais feliz”, pois temos passado pelo aprendizado em outras áreas
da vida para nos tornarmos bons profissionais e bons intelectuais e no
casamento, não é diferente: aprender é crescer (se não desejo crescer,
também não deveria desejar casar!).
Nossos novos papéis também exigirão aprendizado
e crescimento para enfrentarmos as durezas
do dia-a-dia como: “sair para trabalhar a fim de pagar as contas”;
“executar tarefas diárias e repetitivas”, “a possível chegada do primeiro
filho”, entre outros e, para isso, precisaremos contar com uma boa dose de bom humor
e empatia.
Não precisaremos abrir mão de nossa identidade
pessoal, nem exigir que o outro assim faça, pois para a construção de uma nova
história a dois precisaremos considerar e respeitar as diferenças e
peculiaridades pessoais de cada um que são muito valiosas e são bem diferente
dos individualismos (pessoas centradas apenas em si mesmas), para assim,
construirmos a nova identidade do “nós”.
Para vivermos a boa experiência do “nós” será
preciso a postura de “ambos”, pois
haverá prejuízos quando um se torna rígido na caminhada a dois, pois o
comportamento de um dificultará o do outro, que na mesma “canga” não poderá,
sozinho, continuar com êxito a caminhada conjugal. Então na construção da felicidade a caminhada
precisa ser a dois.
O grande entrave do “nós” é o individualismo
crescente num mundo centrado nas realizações e felicidades: se alguém está
insatisfeito tem o direito de viver suas fantasias, mas sem que se tenha que
investir e buscar acordos que satisfaçam ambas as partes.
E o mais importante: os cônjuges deverão buscar
cada um a sua felicidade e seu bem-estar pleno, silenciosamente em Cristo, através de suas próprias ações e
decisões para cessarem as queixas de que foram enganados a respeito das qualidades um do outro.
Podemos agora compreender que “ser feliz” é uma
relação que eu tenho com as expectativas que carrego e as habilidades
que desenvolvo para realizá-las.
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